A desertificação é definida como um fenômeno
em que um determinado solo é transformado em deserto, ocorrendo a transformação
de terras com potencial produtivo em terras inférteis. Nesse processo, a
vegetação se reduz ou acaba totalmente, fazendo com que o solo perca suas
propriedades produtivas. Isso ocorre através da ação humana ou processo
natural. Esse fenômeno ocorre em regiões de clima árido, semi-árido e subúmido
seco, de acordo com a classificação definida pela ONU. É considerado um problema
global por ocorrer em mais de 100 países do mundo.
De maneira geral,
podemos apontar como as principais causas da desertificação:
- Sobreuso ou uso inapropriado da terra;
- Desmatamento;
- Utilização de técnicas agropecuárias impróprias;
- Exploração descontrolada de ecossistemas frágeis;
- Queimadas;
- Mineração;
- Uso excessivo de agrotóxicos;
- Poluição;
- Secas.
Consequências da desertificação:
- Redução das áreas cultivadas;
- Diminuição da produtividade agropecuária das áreas afetadas;
- Redução dos recursos hídricos;
- Aumento da poluição hídrica;
- Aumento das cheias;
- Aumento de areia nas áreas afetadas;
- Destruição da fauna e da flora.
Além desses prejuízos ambientais, a desertificação traz também impactos
de ordem econômica e social nas áreas afetadas:
- Migração descontrolada para as áreas urbanas;
- Desagregação familiar devido ao êxodo;
- Crescimento da pobreza;
- Aumento das doenças devido à falta de água potável e subnutrição;
- Perda do potencial agrícola;
- Perdas de receita econômica.
As áreas suscetíveis à desertificação no Brasil abrangem o semi-árido,
subúmido seco e áreas de entorno, ocupando cerca de 1.340.000 Km² e atingindo
diretamente 30 milhões de pessoas. As quatro áreas onde é intensa a
degradação são chamadas núcleos de desertificação, elas somam 18,7 mil km² e se
localizam nos municípios de Gilbués, no Piauí; Seridó, no Rio Grande do Norte;
Irauçuba, no Ceará e Cabrobó, em Pernambuco.
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