quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Lagosta vermelha




No Ceará, 25 espécies entre invertebrados e peixes estão incluídos na lista de espécies em extinção do Instituto brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA) e mapeados pelo IBGE. As principais espécies de lagostas que habitam o fundo do mar do Ceará são a lagosta cabo verde e a Lagosta vermelha.

Juntas, elas são responsáveis por 75% da produção nacional. Entretanto, a pesca desse crustáceo está em declínio, uma vez que, a temporada de defeso da mesma aumentou de 3 para 8 meses nos últimos 7 anos.

Em se tratando da lagosta vermelha, esta apresenta as seguintes características:

Nome popular: Lagosta Vermelha, Verdadeira, Comum ou Espinhosa.

Nome científico: Panurilus argus

Família: Palinuridae

Tamanho mínimo para consumo: 13cm de cauda

Localização geográfica:Atlântico Ocidental – Carolina do Norte até a Flórida, Bermudas, Golfo do México, América Central, Antilhas, norte da América do Sul e Brasil (Fernando de Noronha, Rocas e do Pará até São Paulo, em Sergipe são capturados ocasionalmente), Atlântico Oriental – África (Costa do Marfim).

Distribuição:Vive em recifes, entre as rochas, esponjas em crescimento ou entre coisas que lhe ofereçam proteção. Do entre-marés até 90 metros de profundidade. Espécie gregária, vivendo em grupos. Carapaça com fortes espinhos longitudinais mais ou menos regulares, espinhos supra-orbitais grandes, comprimidos e curvados para cima e para a frente. Olhos grandes e proeminentes. Antênulas quase 2/3 do comprimento do corpo, com flagelo externo mais curto e grosso do que o interno, ciliado distalmente. Segmento antenal com par de espinhos na frente. Antenas grandes e pesadas, pedúnculos com vários espinhos fortes e com pequena sub-quela na quinta pata. Abdome liso, com somitos cruzados por sulcos interrompidos no meio. Pleópodos ausentes no primeiro somito abdominal. Divisão proximal do télson com alguns fortes espinhos. Abdome com manchas ocelares amareladas.

"A carne da cauda da lagosta é extremamente saborosa e considerada nobre. Compõe pratos tradicionais da cozinha cearense.’’


‘’A lagosta vai crescendo e chega em um ponto em que tem que trocar a carcaça que a reveste. Livre dessa couraça, enquanto aguarda a nova "roupa", fica totalmente vulnerável, mole, enfraquecida. Assim, durante alguns períodos da sua vida, ela vai ficar totalmente dependente do meio em que vive.’’

Paulo Roberto Golfke



Por Edilma Carvalho Gomes, estagiária da SEMEIO.